Provavelmente você já ouviu falar na trágica história do Titanic ou já assistiu o filme com o mesmo nome que retrata o naufrágio do navio que fez muitas vítimas. O que provavelmente poucas pessoas sabem é que existem inúmeras teorias da conspiração por trás dos relatos sobre o naufrágio, uma delas questiona se a embarcação realmente afundou.
O fato é que foi contado ao mundo no dia 15 de abril de 1912, que um navio com partida de Southampton, na Inglaterra, e destino a Nova York, Estados Unidos, afundou em sua primeira viagem. O motivo? Uma colisão com um iceberg, que por incrível que pareça, nunca teve sua verdadeira identidade revelada.
Veja nos tópicos abaixo o que irá encontrar durante a leitura deste texto:
- Como aconteceu o naufrágio do Titanic;
- Detalhes sobre a teoria da conspiração;
- Curiosidades sobre outras lendas envolvendo o navio.
O que a história conta sobre o Titanic?
Há 109 anos, acontecia um dos maiores naufrágios que a história já testemunhou. O Titanic, também conhecido como o navio inafundável, submergiu às águas do Atlântico depois que a lateral da embarcação colidiu com um iceberg, às 23h40, em 15 de abril de 1912. O acidente fez com que partes do casco do estibordo afundassem por quase 100 metros de extensão.
Isso fez com que os seis compartimentos dianteiros do navio fossem expostos à água. Foi neste exato momento que o naufrágio do Titanic se tornou inevitável. Mensagens negligenciadas e a decisão dos tripulantes de abrir a porta do passadiço, local onde fica o capitão, para jogar os botes salva-vidas de uma parte mais baixa anteciparam a tragédia que já conhecemos.
Pesquisas apontam que devido a grande porta do passadiço ter sido aberta, o navio começou a pender a bombordo. Em razão disso a gravidade não deixou a tripulação fechar a porta, consequentemente, às 01h50 a prova estava afundando significativamente fazendo com que o passadiço fosse inundado pela água.
Navio afundou em poucas horas
Quase 2 horas depois, depois de 13 minutos que o último bote salva-vidas foi lançado ao mar, a proa estava completamente inundada e a popa do navio estava tão alta que dava para ver as hélices gigantes da embarcação. Nessa posição, o Titanic quebrou ao meio resultando no desprendimento da popa.
O impacto do rompimento foi tão grande que até hoje é possível ver as marcas dos destroços ejetados no fundo do mar. Sem a parte da hidrodinâmica da proa, a popa submergiu em espiral numa distância superior a três quilômetros até o fundo do oceano.
Ainda, peças pesadas do navio afundaram de forma horizontal, indo parar no abismo, enquanto compartimentos explodiram e conveses foram esmagados. Depois de 109 anos, o Titanic ainda é alvo de estudos e pesquisas no fundo do mar. Nos últimos anos, uma expedição constatou que o navio começou a se desintegrar.
Teoria da conspiração e falso naufrágio
Ao longo dos anos, uma das mais fortes teorias da conspiração alega que o naufrágio do Titanic nunca aconteceu. Tudo começou quando nos anos 20, a White Star Line lançou seu projeto Classe Olympic 1908, formado pelos navios RMS Olympic e o RMS Titanic. Eles foram lançados respectivamente nessa ordem.
Antes do segundo lançamento Olympic era o maior navio do mundo. Em 1912, ano em que o Titanic foi lançado, a White Star Line era a companhia de viagens transatlânticas mais poderosa do mercado marítimo. Suas embarcações valiam valores estratosféricos naquela época.
Com esse sucesso e a fama de fazer navios com estruturas inquestionáveis, as grandes seguradoras de embarcações fechavam contratos com valores altíssimos de resgate. No entanto, em setembro de 1911, o Olympic sofreu um acidente com o navio da Marinha Real Britânica, HMS Hawke.
Naufrágio do HMS Olympic
De acordo com Robin Gardiner, escritor do livro The Titanic Conspiracy e Titanic: O navio que nunca afundou, o acidente do Olympic deu lugar a um grande plano arquitetado pela White Star Line. A teoria afirma que os sócios J.Bruce e J. P. Morgan planejavam lançar o Titanic em conjunto com a primeira viagem do Olympic.
Todavia, com os prejuízos do acidente com o Hawke, a empresa arcou com grandes prejuízos para consertar a embarcação. Para recuperar esse dinheiro, a White Star Line teria simulado o naufrágio do Titanic para receber os valores do resgate por parte da seguradora.
O que pode fazer todo o sentido já que com o acidente, a seguradora pagaria 750 mil libras mais a cobertura dos custos do conserto. Consequentemente, a empresa zeraria o prejuízo que teve com o Olympic. A teoria fica ainda mais complexa, quando a companhia convida Edward J. Smith, capitão do Titanic, para comandar a embarcação.
Como a colisão aconteceu
Segundo o escritor inglês Robin Gardiner, os planos eram que o Titanic fosse derrubado perto da costa americana exatamente no quinto dia de viagem, a fim de que as pessoas a bordo tivessem acesso ao resgate. Assim, o capitão teria que expor o navio à colisão, deixando a embarcação impossibilitada de circular, mas deixar os passageiros em risco.
A teoria vai mais além, indicando que o navio Californian teria sido pago para estar próximo ao Titanic na hora do acidente de forma que tornasse viável o futuro resgate. O ponto que mais chama atenção nessa história é que, segundo a teoria de Gardiner, o Titanic não colidiu com um iceberg e sim com uma embarcação de resgate.
Por mais estranho que pareça, essa informação vai de encontro com a falta de registros do iceberg que teria causado danos irreversíveis no navio. Ainda, a colisão com o barco de resgate justificaria os corpos desaparecidos e o número de mortes, tendo em vista que um navio de ajuda a menos não suportaria a quantidade de pessoas a bordo.
Número de botes salva-vidas reduzido
Ademais, um equívoco que torna a teoria ainda mais impressionante é o dos botes salva-vidas do navio. O Titanic partiu com uma quantidade desproporcional comparado ao número de passageiros da embarcação. De acordo com a teoria da conspiração, os botes poderiam ser descartados já que tinham barcos de resgate contratados previamente.
Também, existem teorias que alegam que o Olympic foi modificado para o que veio a se tornar o Titanic com o objetivo de confundir a seguradora. Assim, a empresa pagaria valores mais altos do que o primeiro lançamento. Neste ínterim, o suposto Titanic de verdade teria assumido o lugar do Olympic e estaria navegando até sair de circulação em 1935.
Porém, o “tiro teria saído pela culatra” quando o falso Titanic teria atropelado a embarcação de resgate fazendo com que os passageiros acreditassem que a colisão foi com um iceberg. No plano original, o navio afundaria lentamente a tempo de todos serem resgatados pela embarcação de apoio.
Outras teorias sobre o Titanic
Além da teoria de Gardiner, existem outras histórias macabras que giram em torno no naufrágio. Uma delas é que o Titanic teria sido amaldiçoado por uma múmia, após ter sido retirada do Egito e transportada por uma embarcação. A lenda conta que por ter sido tirada do seu país de origem, a múmia amaldiçoou a Inglaterra.
Após um arqueólogo norte-americano comprar o artefato, o navio que estaria transportando a múmia afundou. Acredite ou não, a teoria relata que a embarcação seria o Titanic e por esta razão ele colidiu com o iceberg. Entretanto, a história foi descartada pela página especializada em lendas urbanas, Snopes, afirmando que não existiu múmia na lista de bagagens.
Uma segunda teoria é que o naufrágio do Titanic teria sido causado por ataque submarino alemão. Embora sem provas, a história pode até fazer sentido. Conforme um texto escrito por Franklin Ruehl, publicado página The Huffington, passageiros que sobreviveram a tragédia alegaram ter visto o tal submarino próximo ao local do acidente.
O navio tinha uma mensagem subliminar
A terceira lenda é sobre uma suposta mensagem secreta que o navio carregava e que estaria ligada ao seu número, 3909 04. De acordo com empregados católicos da Harland e Wolff, fabricante de boa parte dos navios da White Star Line, incluindo o Titanic, quando esse número é olhado de cabeça para baixo ele transmite a mensagem “No Pope” ("Sem Papa).
Segundo o relato, os trabalhadores estariam assustados com a mensagem subliminar que poderia ser considerada como blasfêmia e causar problemas à embarcação. No entanto, a teoria não se sustenta já que o real número do Titanic é 401 bem como a Harland e Wolff não tinha empregados católicos.
Ao contrário disso, a indústria era conhecida por ser uma empresa que empregava apenas protestantes. Outra teoria também ficou conhecida, como o Titanic ter sofrido um incêndio antes de partir, reduzindo sua capacidade de suportar impactos como o que aconteceu com o iceberg.
As teorias de conspiração foram provadas?
Então, apesar da maioria das teorias parecerem ter um bom embasamento, nenhuma delas realmente foram provadas. Na verdade, o que aconteceu é que os registros da época não ajudaram a desvendar os mistérios do naufrágio do Titanic. Principalmente em razão dos equívocos da imprensa de muitos anos atrás.
Devido a falta de imagens do navio, muitos jornais daquela época divulgaram fotos do Olympic erroneamente. Isso ajudou a perpetuar imagens equivocadas e com informações destorcidas sobre o acidente. Desse modo, os relatos de Gardiner não passam de teoria da conspiração assim como as outras histórias citadas por aqui.