Estamos no ano de 1724? Entenda esta teoria bizarra

Parece consenso hoje que a história da humanidade aconteceu da maneira como estudamos na escola, mas isso pode acabar não sendo a verdade. Existem alguns historiadores que defendem que, na verdade, nós estamos vivendo no ano de 1724, e que cerca de 297 anos de nossa história na verdade foram inventados.

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Apesar disso parecer não ter nenhum embasamento, os historiadores que defendem essa teoria apresentam alguns argumentos que deixam as pessoas de cabelo em pé, afinal, como será possível conferir, nem tudo é tão sem sentido assim. Se você está curioso para saber mais sobre essa teoria bizarra, confira o nosso artigo sobre isso.

Estamos no ano de 1724? Entenda esta teoria bizarra
Foto: (reprodução/internet)

Em nosso artigo, será possível conferir os seguintes tópicos sobre essa teoria bizarra:

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  • Calendário Gregoriano é o mais utilizado atualmente;
  • Conheça melhor a Hipótese do Tempo Fantasma, que vai contra as datas atuais;
  • Teoria também questiona a existência de algumas figuras históricas;
  • Período de 297 anos sem acontecimentos marcantes foi responsável pela criação da teoria;
  • Teoria já rendeu até mesmo livro de outro historiador;
  • Outros calendários são utilizados em todo o mundo.

Calendário Gregoriano é o mais utilizado atualmente

Hoje, ao menos no ocidente, o calendário Gregoriano é o mais utilizado. A marcação de datas foi criada por um monge, chamado Dionísio, ainda no século VI, na Roma. O monge procurava um fato histórico grandioso para começar a contagem, e encontrou no passado.

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Foto: (reprodução/internet)

Decidiu que os anos começariam a ser contados a partir do nascimento de Jesus Cristo, figura histórica importante até os dias atuais. Apesar de ter sido criado ainda no século VI, ele não foi adotado de imediato, tendo apenas em 1582 sido escolhido como calendário oficial.

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Isso aconteceu graças ao que o papa Gregório XIII havia escolhido como melhor maneira de datar o tempo. A escolha foi tão significativa que o nome do católico acabou ficando como nome oficial do calendário Gregoriano.

Egípcios já usam método semelhante para medir o tempo

O calendário Solar, criado pelos egípcios, é um dos mais antigos do mundo, e tem uma maneira muito parecida de contar o tempo, tendo servido, muito provavelmente, como inspiração para a criação de Dionísio. Esse calendário foi criado a cerca de 3.000 anos do nascimento de Cristo.

Porém, ainda existem algumas diferenças. O ano é tem 365 dias no total, sendo dividido em 12 meses de 30 dias, com o último tendo 5 dias a mais. Além de não existir ano bissexto, os egípcios enxergavam apenas 3 estações do tempo, sendo elas: verão, inverno e inundação.

Hipótese do Tempo Fantasma vai contra isso

O calendário parecia ser a melhor maneira de medir o tempo, porém, um historiador alemão chamado Heribert Illing não concordava com isso. O sujeito defende que cerca de 300 anos da humanidade, muito provavelmente, foram inventados por povos antigos.

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Foto: (reprodução/internet)

Chamando o calendário Gregoriano de fraude, o historiador defende que 297 anos da Idade Média não existiram. Mais especificamente, os anos entre 614 e 911. Essa teoria é chamada de “Hipótese do Tempo Fantasma”, e, apesar de estranha, até que faz algum sentido ao analisarmos o que é apresentado por ele.

O historiador não só defende que estamos no ano errado como também apresenta os grandes culpados por conta disso: Constantino VII, Papa Silvestre III e Oto III. Os nomes não são conhecidos atualmente, mas os três foram grandes líderes da Era Cristã de nossa sociedade.

Os líderes mundiais só queriam um número mais redondo

Oto III foi um grande rei de seu tempo, e tinha grande influência até mesmo dentro da igreja. O que aconteceu entre ele e as outras figuras envolvidas é que eles se reuniram e decidiram mudar os registros históricos da época, apenas por questão de gosto de Oto.

O reinado de Oto, de acordo com a teoria, começou no ano de 996, porém, para não deixar que isso acontecesse em um número quebrado, e não tão impactante, eles resolveram alterar os registros para que o reinado começasse no ano 1000. Foi aqui que toda a bagunça começou.

Algumas figuras históricas podem até mesmo nunca terem existido

Caso a teoria realmente seja verdade, a humanidade teria que lidar com uma nova situação: algumas das figuras mais famosas da história na verdade nunca existiram. Um deles seria Carlos Magno, o primeiro Imperador dos Romanos.

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O imperador não passaria de uma lenda, de acordo com o que foi levantado por Heribert. O historiador defende que esses acontecimentos não são questionados porque outros colegas de profissão utilizam os documentos da época medieval como base de pesquisa.

Porém, esses registros não são muito amplos, e para não correr o risco de se ficar sem qualquer tipo de base, eles logo são tomados como verdadeiros. Esse era o consenso entre todos, menos quando falamos de Heribert.

Algumas pessoas famosas realmente não contam com prova de existência

Apesar de muita gente não saber disso, muitos personagens famosos da história da humanidade não tem sua existência comprovada. É o caso de Sócrates, que só existe em escritos de seus alunos, ou Shakespeare, que não consta em nenhum outro registro que não sejam seus próprios livros.

Homero, Rei Arthur e muitas outras figuras ilustres da nossa história podem nunca terem existido, e isso intriga uma quantidade grande de historiadores, que buscam por evidências para isso. Apesar da inexistência de Carlos Magno parecer um absurdo em um primeiro momento, é plausível de ser verdade.

Falta de acontecimentos marcantes durante esse período intrigou o historiador

Um detalhe notado pelo criador da teoria é que, antes do ano de 614, e depois de 911, acontecem fatos históricos de maneira considerável. Quase todo ano algo que influenciou na história da humanidade acabou ocorrendo nesse tempo.

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Foto: (reprodução/internet)

Porém, curiosamente, entre 614 e 911, nada de novo aconteceu. A falta de fatos históricos fez o historiador se perguntar se aqueles anos realmente existiram, afinal, como pode se passar tanto tempo sem que nenhuma revolução ou assassinato importante aconteça.

Para Heribert, é bem improvável que tanto tempo da humanidade tenha sido vivido sem maiores acontecimentos grandes. Ao analisarmos isso, a teoria até que faz sentido, no entanto, existem alguns pontos que podem ajudar a explicar isso.

Seria mesmo possível que não teriam nada para contar sobre 297 anos?

Realmente é bem improvável que a humanidade tenha passado 297 anos sem apresentar nenhum tipo de acontecimento grandioso, porém, existe uma explicação plausível para que isso tenha acontecido.

Primeiro, devemos considerar que os registros na época eram escassos, e nem todo mundo tinha acesso à escrita. Isso, somado ao fato de que era comum a queima de documentos de povos inimigos, teria facilitado com que pouco se saiba sobre esse período.

Maluquice? Outro historiador acha que não

Apesar da teoria ser bastante criticada, e vista como maluquice por muitos teóricos da área, seu criador encontrou apoio em outro colega de profissão. Hans-Ulrich Niemitz, buscando se aprofundar mais na área, também chegou à mesma conclusão que Heribert.

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Foto: (reprodução/internet)

De acordo com a pesquisa do cientista, entre os anos de 1 e 1500, existem cerca de 300 anos que estão “sobrando”, ou seja, que nada de especial aconteceu, então a veracidade de todas as informações contidas ali nem sequer existiram.

O autor até mesmo chegou a publicar um livro sobre isso, onde apresenta um maior detalhamento sobre a teoria, mostrando que entre a Antiguidade e a Renascença, realmente existe uma falha na maneira em que o tempo foi contabilizado.

Se a teoria estiver correta, o que muda em nossas vidas?

Se a teoria estiver correta, o que muda em nossas vidas? Basicamente, não muita coisa, porém, ainda assim, quando falamos de ensino, temos algumas mudanças consideráveis. Basicamente tudo o que é estudado em história teria que ser revisto.

Novas releituras teriam que ser feitas, para entender o que de fato aconteceu com a humanidade e os motivos que levaram a essa tomada de decisão. Além disso, para os que já terminaram os estudos, seria necessário se antenar sobre a nova realidade.

Outros calendários já apresentaram maneiras diferentes de medir o tempo

Apesar de parecer absurda a ideia de olharmos para o tempo de outra maneira, isso já acontece há bastante tempo. Hoje, não é apenas o calendário Gregoriano que é adotado em todo o mundo, apesar de ser mais comum no ocidente.

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Foto: (reprodução/internet)

Na China, por exemplo, onde se conta os anos de maneira diferente, já passamos do ano 4.000. O calendário Maia também funciona de forma diferente, e isso não quer dizer que nenhum deles esteja errado, é apenas outra forma de enxergar a situação.

Os próprios egípcios, apesar de parecidos, não contam com a medição de tempo idêntica a que é adotada pelo Brasil, por exemplo. Ao analisarmos dessa maneira, não é tão absurdo assim que a teoria criada por Heribert talvez esteja correta.

Não existe consenso sobre a maneira correta de medir o tempo

Como vimos, não existe consenso sobre a maneira correta de se medir o tempo, e isso varia de acordo com a cultura adotada por cada povo. E não tem problema nisso, isso só mostra o quanto a cultura mundial é rica e diversa, e que não existe uma maneira certa ou errada de se medir o tempo.