Nós nascemos, vivemos e morremos, em um ciclo que não pode ser quebrado. Porém, a humanidade sempre sonhou em excluir a morte dessa lista, mas isso pode ser bem complicado.
O limite de Hayflick
Esse limite, descoberto por Leonard Hayflick, é resultado de dados empíricos e pesquisas aplicadas as células humanas. Esse cientista verificou que as células de nosso corpo podem se dividir apenas um certo número de vezes.
Toda vez que uma célula se replica, ela acaba tendo seus telômeros diminuídos. Com cada nova célula tendo os telômeros menores, elas começam a envelhecer, apresentando mais problemas, até que o limite crítico é atingido e a célula não pode mais viver. Os telômeros são tampões nas extremidades dos cromatídios, que impedem a degradação dos genes.
O estudo de Leonard foi tão importante que desbancou um ganhador do Prêmio Nobel, Alexis Carrel, que afirmava a existência de imortalidade em células normais.
A descoberta dessa diminuição, que gera envelhecimento nas células, está ligada ao envelhecimento humano natural. Além disso, os telômeros menores abrem espaço para diversos problemas, devido a diminuição da capacidade imunológica das células, o que pode abrir o caminho para o avanço do câncer e de outras doenças que atacam nossas células.
Até onde podemos ir?
Sabendo que nossas células possuem essa programação para morrer, qual será o limite da vida?
A verdade é que ninguém sabe exatamente. Durante muitos anos, os cientistas acreditaram que uma pessoa jamais passaria dos 110 anos, porém esse pensamento foi mudado. Jeanne Calment, que nasceu em 1875 e viveu até 1997, mostrou que o corpo humano pode passar dos 120 anos, algo realmente incrível. Mesmo essa idade não sendo o limite definitivo, ela pode estar muito próxima dele, o que é um grande problema para os planos de vida eterna dos humanos.
Várias pesquisas sobre como impedir os telômeros de diminuírem com o passar do tempo estão sendo feitas e até que a humanidade encontre a “cura” disso, não faça muitos planos para depois dos 120.