Atualmente, é muito comum encontramos jovens que dizem que, no futuro, gostariam de trabalhar com computadores. Você é um deles? Se for, saiba que tem uma grande motivação para se tornar autônomo e... Fazer o que bem quiser, como viajar o mundo todo.
Se você não acredita que isso é possível, tudo bem. Mas, nas próximas linhas vamos contar a história de Andrei Mosman, que ficou famoso ao relatar como consegue ser um programador e viajar para toda a América do Sul. Afinal, ele é um autônomo que trabalha “de casa”.
A história dele foi compartilhada em algumas revistas, como a Empreende e agora estamos compartilhando parte dela. A ideia é que você comece a ver esse mercado de programadores de uma forma diferente – e um tanto quanto fora do comum.
Andrei Mosman
Nascido em Tupã, no interior de São Paulo, Andrei tem atualmente 38 anos. Na adolescência, ele já mostrou o seu interesse por tecnologias e computadores quando começou a programar algumas máquinas na sua cidade.
Aos 18 anos já tinha criado soluções para provedores de internet e começou a viajar o país todo oferecendo os seus serviços. Ele lembra disso e conta publicamente, veja um trecho:
“Passei praticamente a vida toda atuando como profissional autônomo. Tive poucos empregos de carteira assinada, sendo que em um deles fiquei durante uma ano e meio morando no Rio de Janeiro”.
Enquanto autônomo, Andrei se considera um PJ (Pessoa Jurídica). Dessa forma, viajou para várias cidades do Paraná, de São Paulo e Rio Grande do Norte. As viagens eram também a trabalho, onde oferecia os seus serviços para grandes empresas, como Embratel e Telecom.
O que é preciso para trabalhar com computadores como autônomo?
Andrei cita algumas características que são imprescindíveis para quem quer trabalhar com computadores e de forma autônoma, sem ter que ter uma carteira assinada. Por exemplo, a disciplina. Abaixo, listamos algumas dessas qualidades.
Até mesmo porque se tem uma grande vantagem de trabalhar por conta própria, que é a flexibilidade. “Ter uma rotina, mas escolher de onde trabalhar, podendo trocar de vista sempre que quiser é uma ideia que me agrada muito”, destaca.
A disciplina
Andrei fala que trabalhar por conta tem as semelhanças com o trabalho tradicional: “sempre há vantagens e pontos negativos”. Para ele, apesar das vantagens, o autônomo também deve ter responsabilidades, como ser regrado.
“Não podemos nos iludir achando que tudo é tão livre assim. As contas para pagar chegam na mesma regularidade de um trabalhador formal e também é preciso se encaixar no horário do seu cliente, afinal, é ele que permite que você mantenha seu estilo de vida”.
Além de se atentar as contas e aos horários, ele ainda fala sobre a disciplina que pode comprometer uma parte da vida social. “Deixei de assistir a séries no Netflix, por exemplo. A televisão também cortei. Esses são hábitos que nos distanciam da produtividade”.
Outra dica do Andrei para quem vai trabalhar de maneira autônoma é sobre diminuir as demandas. “Quanto menos a gente precisa para viver, mais flexibilidade temos”, diz.
O estudo
Agora, um dos pontos mais incríveis que Andrei destaca e que se relaciona com a realidade do mundo é sobre o estudo. No caso dele, por exemplo, não houve uma graduação completa, nem mesmo na área de Tecnologia da Informação (TI).
Sendo assim, ele se considera autodidata, o que não quer dizer que nasceu sabendo de tudo. Mas, sozinho, aprendeu. Sim, aprendeu o que sabe por conta própria e colocando a mão na massa – como ele mesmo comenta.
“Como comecei a programar muito cedo, quando cheguei na idade de ir para a faculdade já atuava na área há pelo menos quatro anos e estava viajando para outras cidades e atendendo clientes”, explica.
O networking
Ao passo que, mesmo sozinho, Andrei garante que estudou muito. “Estou sempre me atualizando, fazendo cursos online e alguns presenciais, vendo tutoriais e conversando com amigos que também trabalham com tecnologia”, diz.
Para você que conhece um pouco das novas tecnologias, considere que durante as entrevistas, Andrei garante que estava estudante uma nova linguagem oficial do sistema Android, chamada Kotlin. Curiosamente, saiba que ela é usada para desenvolvimento de aplicativos.
Para ele, o networking é fundamental em qualquer área. “Só assim você consegue entender como está a dinâmica do mercado e quais são as tendências que estão por vir”, completa.
As oportunidades
O especialista também comenta que um dos seus diferenciais é testar novos mercados e novas ideias. Por exemplo, por 9 anos, durante o tempo em que atuou com TI, ele também se tornou jogador profissional de pôquer.
“Fiquei 9 anos jogando pôquer profissionalmente e cheguei a criar um time. Mas, no ano passado, acabei voltando para o TI”, conta.
Depois que voltou a trabalhar com programação também teve a ideia de agregar valor ao trabalho e se torno um redator freelancer.
“Quando não estou me deslocando para outras cidades, o TI é muito bom, tem um valor-hora que eu considero justo. Mas, é preciso uma certa infraestrutura mesmo para trabalhar remotamente. Por isso, na estrada, foco em escrever para sites, blogs e revistas”, diz.
O futuro
E para terminar o assunto sobre trabalhar com computadores e viajar ao mesmo tempo, Andrei cita que atualmente mora em São Paulo, a cerca de 200 quilômetros da capital paulista.
Com foco no trabalho, ele conta que quer aumentar sua atuação no TI e investir no espaço de coworking que montou na cidade.
“Acho desafiador programar, eu curto trabalhar com infraestrutura, com servidores e me identifico bastante com a área, principalmente, porque acho muito legal esse lance de resolver problemas”, ressalta.