Geralmente, quando uma pessoa tem dinheiro guardado na poupança, os especialistas recomendam uma mudança de ativo. Independente do objetivo. No entanto, sempre fica uma dúvida sobre como funciona a tributação os fundos de investimentos ou em outros ativos.
Essa recomendação acontece porque a caderneta rende pouco enquanto outros produtos – também da renda fixa – possuem mais rentabilidade e com a mesma segurança. Só que apesar disso, antes de analisar o rendimento, o ideal é conhecer as taxas e os custos.
A ideia deste conteúdo é justamente essa: trazer aqui informações importantes sobre a tributação de vários ativos da renda fixa, inclusive, dos fundos de investimentos dessa categoria. Se você tem interesse por descobrir como eles são tributados, continue lendo.
A tributação da poupança
Se você é alguém que ainda está na poupança deve saber que a principal vantagem esse ativo é o fato de não ter tributação, não é mesmo? Assim sendo, você deixa o seu dinheiro lá, podendo depositar quando quiser por mês, e não sofrerá com o pagamento de tributos.
Logo, você não tem que descontar o Imposto de Renda e nem mesmo o IOF (Imposto sobre Operações Financeiras). Ah, nenhum banco pode cobrar taxas de você para a abertura de uma conta poupança, ok? Elas são gratuitas em todos os bancos.
Logo, fica bem fácil fazer as contas: se você depositou lá R$ 1 mil e teve ganho de 10%, saiba que esses 10% serão líquidos e você terá um valor final de R$ 1,1 mil.
A tributação do Tesouro Direto
Em uma escada de investimentos melhores do que a poupança, a gente tem o Tesouro Direto como primeira opção. Esse tópico ainda não responde como funciona a tributação os fundos de investimentos, mas ele é importante.
É importante para você saber que mesmo com taxas e tributos, o Tesouro pode ser melhor que a caderneta – além de ser assegurado pelo Tesouro Nacional, isto é, pelo Governo Federal. O que o torna bastante seguro – até mais do que a poupança.
Quanto à tributação, ela segue a tabela regressiva dos investimentos. Isso quer dizer que quanto maior o tempo de investimento, menor é a cobrança do imposto de renda. Veja abaixo, a regra quanto ao prazo e ao pagamento:
- 22,5% para investimentos em até 180 dias
- 20% para investimentos entre 181 até 360 dias
- 17,5% para investimentos entre 361 e 720 dias
- 15% para investimentos acima de 720 dias
E, depois do imposto de renda cobrado no Tesouro Direto, saiba que quem deixar o dinheiro aplicado por menos de 30 dias ainda tem que pagar o IOF.
Já quanto às taxas, saiba que são 2. A primeira é uma taxa para a bolsa de valores, a B3, que é a responsável pela custódia dos recursos. Depois, tem a taxa da corretora de investimentos ou do banco (mas, geralmente, essa taxa pode ser zerada e sair de graça).
A tributação do CDB
O CDB é o Certificado de Depósito Bancário e é exatamente como o Tesouro Direto. Mas, com a diferença de ser emitido pelo banco e ter a garantia do FGC (Fundo Garantidor de Crédito) e não do Governo Federal.
Então, quanto aos tributos, você vai pagar apenas o Imposto de Renda, seguindo a mesma tabela do prazo que mostramos acima – e pode ter a cobrança do IOF também. Ele não tem a cobrança da taxa da bolsa de valores e nem da corretora, pois tudo é feito pelo banco.
A tributação da Letra de Crédito
A Letra de Crédito do Agronegócio (LCA) e a Letra de Crédito Imobiliária (LCI) é exatamente como um CDB, de banco, só que voltado para áreas especificas. Quanto às regras, há uma variação que pode ser importante para você. É sobre o imposto de renda.
Assim sendo, é um tipo de investimento muito próximo da poupança porque não tem o imposto de renda, nem as taxas. Por outro lado, o rendimento costuma ser menor e o valor inicial para aplicar é maior. Mas, quanto às regras é bem próximo da poupança.
Mas, como funciona a tributação os fundos de investimentos?
Se você não notou saiba que toda parte anterior do texto foi importante para o que vem agora. Isso porque para falar sobre como funciona a tributação os fundos de investimentos, você teria que entender os tributos de outros ativos também.
O motivo é um só: os fundos, quase sempre, possuem taxas de administração – que é justamente para organizar o fundo, fazer escolhas de ativos, administrar. No entanto, essas taxas podem corroer o seu rendimento – o que é bem ruim.
Logo, é preciso muito cuidado ao escolher um fundo de investimento para aplicar o seu dinheiro, mesmo que ele apresenta boas taxas remunerativas. O ideal é ver o rendimento líquido real, ok? Agora, vamos falar dos tributos.
Os tributos dos fundos
Além do imposto de renda e do IOF (aplicações que se encerram antes de 30 dias), o investidor de um fundo tem a taxa de administração. No caso, não terá a taxa da bolsa de valores – mas, sempre terá a de administração (para banco ou corretora).
O problema é que quando essa taxa parte de 1% ou mais, isso corrói muito da rentabilidade. E tem mais um detalhe: a taxa é cobrada mesmo quando o fundo tem uma rentabilidade baixa ou mesmo negativa. Então, isso exige cuidado.
A dica é óbvia: escolher fundos com taxas baixas. Porém, não é só isso. Também é preciso escolher um fundo que seja bom o bastante para dar lucros – e não se deve ficar preso apenas às taxas ou impostos.