No “fundo” de nosso planeta existe um continente gelado, diferente de tudo que nós estamos acostumados a ver:
Achatando a Terra
A Antártica ou Antártida (tanto faz) possui muito gelo, tanto que apenas 2% do continente de verdade é exposto. Esse aglomerado de água sólida em cima da rocha faz com que esse continente seja o mais alto do planeta. Existe tanto gelo, que o peso dele faz a própria Terra se curvar:
O vento
Como você deve ter aprendido nas aulas de ciência, o ar quente tende a subir e o frio a descer. Por esses movimentos do ar, as Antártida possui uma corrente de ventos constantes, que chega aos 300 quilômetros por hora.
A briga
Durante muitas décadas, a humanidade desconfiou que a Antártica existisse, mas somente em 1820 ela foi descoberta de fato. A partir desse dia, diversos países reclamaram um pedaço dela para si. Argentina, Chile, França, Nova Zelândia, Austrália, Noruega e Inglaterra revindicaram terra por lá, mas nenhum desses pedidos absurdos foi aceito por alguém. Hoje em dia, existe um contrato de cooperação que transforma o continente gelado em um grande campo de exploração científica compartilhado.
Surgimento
A Antártica surgiu para valer há “apenas” 35 milhões de anos, depois de ter se separado do supercontinente Gondwana (pedaço do Pangeia que deu origem aos continentes do Hemisfério Sul).
Clima
Apesar de toda aquela água, a Antártica é o continente mais seco do planeta. As temperaturas lá são incrivelmente baixas: Na praia, durante o verão, podemos ter um agradável -10º; já no inverno, no interior do continente, não é difícil encontrar um termômetro marcando -80º.
Vida
Quem pensa naquele gelo e frio, logo imagina que só os pinguins vivem por lá, mas não é bem assim.
Na Antártica existem mais de 200 espécies de líquens e algo em torno de 50 tipos de briófitas. Obviamente, todas essas plantas e seres são simples e sobrevivem graças ao verão, onde conseguem se reproduzir e guardar energias para o terrível inverno.
Vizinhança
Quem pensa que morar por lá pode ser solitário, está enganado. Hoje em dia, durante o verão, até quatro mil pessoas habitam o continente gelado. Já no inverno esse número cai para mil.
A coisa é tão animada por lá, que existem registros de diversos nascimentos. A primeira criança a nascer oficialmente no continente foi Emilio Marcos de Palma, um filho de argentinos. Os “hermanos” estavam por lá participando de um programa do governo, que pretendia descobrir se era possível a sobrevivência de famílias no continente gelado.