Os terrores causados pelos campos de concentração nazistas são lembrados mundialmente, mas o Japão também contribuiu com diversas atrocidades e foram responsáveis por uma das mais terríveis e desumanas atitudes de toda a história:
O trabalho
"Eu o cortei a partir do peito até o estômago, e ele gritou terrivelmente. Seu rosto estava todo torcido em agonia. Ele fez esse som inimaginável, estava gritando de maneira horrível. Mas, finalmente, ele parou. Isso foi apenas um dia de trabalho para os cirurgiões, mas realmente deixou uma impressão em mim, porque foi a minha primeira vez. "
A Unidade 731 foi criada pelo governo japonês para estudar pragas, venenos, doenças e o funcionamento do corpo humano. Mas ao contrário de outros laboratórios científicos, eles tinham a liberdade para conduzir qualquer teste diretamente em humanos. Durante seus anos de atuação na Segunda Guerra Mundial, a Unidade 731 matou mais de 10 mil pessoas em seus testes, sendo o maior estudo em humanos já registrado a história.
A Unidade 731 infectava pessoas com doenças terríveis e depois as dissecava vivas para entender o que estava acontecendo dentro do corpo da vítima. Essa dissecação ocorria em locais precários, onde os corpos eram abertos com a vítima viva e sem anestesia. Os japoneses acreditavam que a anestesia poderia afetar os resultados dos exames. A maioria das pessoas morria enquanto seus órgãos eram arrancados de seus corpos.
Outra iniciativa terrível da Unidade 731 foi o engravidamento forçado. Eles primeiro infectavam os homens com sífilis ou outras doenças sexualmente transmissíveis, depois os obrigavam a estuprar as prisioneiras do local. Com as mulheres grávidas, eles abriam o corpo delas durante a gravidez para entender melhor como a transmissão ocorria para o feto. As crianças sempre eram mortas nesses processos, assim como as mães.
Um dos estudos mais bizarros conduzidos pela Unidade 731 envolvia o congelamento de membros humanos. Eles usavam nitrogênio líquido para transformar o braço ou perna de alguém em um bloco de gelo, depois quebravam o membro com um porrete. Isso servia para estudar como as contusões funcionam com alguma parte do corpo congelada.
O acobertamento
Ao final da Segunda Guerra Mundial, os EUA entraram no Japão como vitoriosos e descobriram tudo que aconteceu na Unidade 731. Mas junto com o governo japonês, os americanos resolveram não divulgar nada sobre esse experimento bizarro. Em troca do silêncio, os americanos tiveram acesso aos dados descobertos durante os testes.
A Unidade 731 era extremamente eficiente em seu trabalho, tanto que nenhuma das pessoas aprisionadas por eles sobreviveram, nem mesmo mulheres, crianças ou bebês. As histórias dessa Unidade de extermínio só vieram a público quando alguns dos participantes resolveram contar sua história, como o relato no segundo parágrafo desse texto.