Terríveis médicos nazistas #3

Todos nós já ouvimos sobre as atrocidades cometidas por médicos durante o regime nazista. Esses atos terríveis tendem a ser, em grande parte, personificados por Josef “Anjo da Morte” Mengele e um punhado de outros médicos do Terceiro Reich (Alemanha Nazista), como Erwin Ding-Schuler. No entanto, há toda uma série de médicos nazistas praticamente desconhecidos que cometeram crimes indescritíveis contra a humanidade durante a Segunda Guerra Mundial. Vamos ver alguns deles:

Joachim Mrugowsky

1389.8 Holocaust I

É estranho pensar que os nazistas se incomodavam com a higiene, já que eles estavam tão ocupados enchendo o continente com cadáveres, mas eles foram realmente muito preocupados com o tema da limpeza. Infelizmente, é sobre "limpeza" racial que estavam falando.

Como chefe do Instituto de Higiene da Waffen e higienista sênior da SS (organização paramilitar ligada ao partido nazista), Joachim Mrugowsky sentou no epicentro de uma série de projetos de higiene que, no verdadeiro estilo nazista, tinha pouco a ver com dizer às tropas para escovar os dentes. A ideia nazista sobre higiene estava intimamente ligada ao programa feito para aniquilar todas as pessoas que não eram aceitáveis ​​para o III Reich (Alemanha nazista).

Mrugowsky foi fundamental para suprir as forças nazistas com ácido cianídrico, um veneno que pode matar os judeus e outras pessoas “indesejáveis”, deixando as pilhas de cadáveres o mais desinfetadas possível. Os dados necessários para determinar a composição ótima foi, é claro, adquirido por uma vasta série de experimentos em cobaias relutantes. Mrugowsky foi condenado à morte em 1947 e executado em 02 de junho de 1948.

Albert Widmann

Dr. Albert Widmann era uma figura ativa nas fases iniciais do programa nazista de "eutanásia". Ele era um dos médicos que decidiram sobre os métodos de matança, de gases e substâncias químicas necessárias para os testes. Ele compartilhava a ideia da utilização de injeções letais para crianças. Com o tempo, ele se tornou uma espécie de especialista em crematório em um campo de concentração.

Área de especialização mais importante da Widmann sempre foi a experimentação. Além de venenos regulares, muitas vezes ele se envolveu com outras formas horríveis de matanças eficientes. Uma de suas experiências mais infames foi uma tentativa de trazer explosivos para o jogo de extermínio em massa, fechando pacientes mentais russos em dois bunkers e explodindo-os para ver se todos que estavam lá dentro morreriam. Alguns sobreviveram, de modo que o experimento foi considerado um fracasso. Outro de seus testes envolveram os gases de escape de carros e veículos cheios de pacientes mentais, na tentativa de matar todos os passageiros na medida em que eles respirassem o gás. Widmann foi capaz de evitar processos até 1959. Ganhou apenas seis anos e seis meses de prisão.

Friedrich Wegener

A maioria dos médicos aderiram ao movimento nazista pois só assim eles seriam capazes de manter sua licença. O patologista Friedrich Wegener, por outro lado, era um verdadeiro fiel. Ele era um membro de carteirinha do partido nazista de Hitler antes mesmo de assumir o comando e usar esse status para subir a uma alta patente militar.

Após a guerra, Wegener se tornou um célebre e premiado expert até sua morte em 1990, e ainda tem uma doença que leva seu nome. O seu passado nazista escondido só veio a público graças a uma descoberta de um médico que estava pesquisando para um artigo que ia escrever sobre Wegener.

O passado de Wegener tinha sido escondido muito bem. Embora estivesse presente, provavelmente envolvido, e certamente ciente das atrocidades nazistas, não há crimes específicos que podem ser associados a dele. O que toda a comunidade médica poderia fazer para puni-lo pós morte era mudar o nome de sua "assinatura" da doença (granulomatose de Wegener) e iniciar uma discussão sobre se é uma boa ideia nomear uma doença com seu nome. Afinal, ninguém quer estar sofrendo de uma doença perigosa que leva o nome de um nazista.