Será que ouro e dólar são ativos para proteger a carteira de investimentos? Descubra

Nos últimos meses, o mundo todo atravessou mudanças significativas em todas as áreas, inclusive, na economia. Para quem tem o hábito de investir dinheiro, muito tem se falado e se ouvido sobre a compra de ouro e dólar, que são chamados de hedges.

Hedge nada mais é do que uma estratégia financeira que visa proteger a carteira em momentos de incertezas políticas, sociais e econômicas. Especialmente para quem aplica na bolsa de valores, que é uma renda variável, mais arriscada e volátil.

No entanto, nem todo mundo conhece ou entende a ideia do hedge. Mais do que isso, não sabem como podem usar a compra de ouro e de dólar para criar essa proteção dos investimentos. Afinal, será que agora, no meio da pandemia, é uma boa hora para isso?

Se o assunto é preservar o capital e diversificar os investimentos, esses ativos são sempre bem lembrados. Mas, antes de qualquer coisa, vamos estudar as opções.

Os ativos para proteger a carteira

Uma estratégia de hedge pode acontecer de vários jeitos e com a compra de vários ativos e não apenas dólar ou ouro. Inclusive, as ações podem ser ideias de proteção. Vamos explicar abaixo cada uma delas. Confira.

Dólar – a compra de uma moeda papel americana pode ser uma forma útil de investir se você está pensando em viajar para o exterior, por exemplo. No entanto, pode não ser a melhor alternativa para proteger o seu dinheiro – porque é um ativo variável.

Dólar Futuro – outra opção é a compra de dólar futuro, que é um contrato de compra e venda em preço e datas definidos. Então, tudo vai depender do valor do dólar no vencimento do contrato. Logo, você pode ganhar como perder, o que também se torna arriscado.

Mini Dólar – mais uma ideia baseada em dólar para proteger a carteira é o mini dólar. O que muda é que o contrato não é cheio, como no dólar futuro. Geralmente, representa 20% do todo.

Ações – se a gente considerar as ações das empresas exportadoras, ou seja, que operam em dólar, então, elas também se tornam alternativas para proteção do patrimônio. Afinal, elas se beneficiam com a alta do dólar.

Fundos Cambiais – de modo geral, são aplicações que possuem menos do que 80% da carteira em títulos de moeda estrangeira. Uma das vantagens é que o valor de aplicação mínimo parte dos R$ 1 mil.

Ouro – enfim, o ouro. Ele é uma moeda de troca antiga e considerado a melhor proteção contra as crises financeiras. De um modo geral, fatores políticos e econômicos influenciam muito na alta dele. A questão é que o ouro também se influência pela cotação do dólar.

Entendendo sobre o investimento em ouro

Apesar de todas as formas citadas acima serem boas opções de proteção da carteira de investimentos de quem investe na bolsa de valores, vamos nos atentar mais ao ouro nesse tópico para que não fiquem dúvidas.

De modo simples, o valor dele se altera com base na cotação do dólar, da inflação e dos cenários econômicos. Por isso, ele é sempre lembrado para proteger os investidores.

Porém, nem todo investidor deveria comprar ouro. Por exemplo, ele pode sim ser usado para casos de desvalorização da moeda, como proteção da carteira e estabilidade. Mas, ele não é um ativo líquido e pode ter preço variado conforme a extração também.

Então, além de tudo, apesar de ser um ativo conservador, ele não tem a garantia do FGC – Fundo Garantidor de Crédito. Por isso, para quem está iniciando nos investimentos e quer segurança, com certeza, há opções mais bem-avaliadas.

proteger a carteira de investimentos

Os bons resultados do ouro e do dólar

Antes de terminar o conteúdo é importante a gente falar também que desde fevereiro, quando o Brasil teve um dos primeiros ápices da pandemia, tanto o ouro como o dólar tiveram ótimos resultados no mercado financeiro – e foram os melhores ativos do país.

Em uma matéria da UOL, a gente pode lembrar disso. “Ouro e dólar ficam no topo dos melhores investimentos no Brasil pelo segundo mês seguido”, afirma a matéria.

Nessa publicação há um gráfico que mostra que o dólar cotado na B3 teve variação de 5,5% em ativos enquanto o dólar comercial teve 4,6%. Já a poupança nova, o CDI e a poupança antiga ficam na média dos 0,4% enquanto o Ibovespa caia mais de 8%.

A taxa Selic e o CDI

Uma curiosamente final é saber que, como falamos acima, dólar e ouro variam muito conforme as notícias, o mercado e a inflação. Porém, eles não são tão modificados com base no CDI ou na Selic. Porém, esses índices mexem muito na renda fixa.

Sendo assim, ainda que ouro e dólar sejam ótimos para quem investe em ações, saiba que se você aplica em renda fixa também pode começar a estudar essas opções para compor a sua carteira. Mas, só faça a compra se tiver certeza disso.

Outra curiosidade é que existem vários jeitos diferentes de investir em ouro e comprar dólar. Mas, atualmente, os fundos têm ganhado destaque. Se você for estudar essa opção, considere que eles possuem taxas, que precisam ser analisadas para não corroer muito a rentabilidade.