Quando uma pessoa faz um financiamento de uma casa ou apartamento em algum banco, ela se compromete a pagar parcelas mensais até terminar o contrato. No entanto, isso nem sempre acontece como o previsto. Daí, surgem os leilões de imóveis de bancos.
Isso porque hoje em dia, todos os grandes bancos, fazem um tipo de contrato que os mantém como dono da propriedade até que o cliente faça o pagamento integral do empréstimo. Se isso não acontecer, o banco tem o direito de vender o imóvel, que pode acontecer em leilões.
Isso quer dizer que, de forma geral, os bancos sempre têm muitas casas, apartamentos, terrenos, lotes para vender através de um leilão. Por outro lado, o consumidor pode fazer essa compra pagando menos porque o imóvel acaba sendo ofertado abaixo do preço de mercado.
Se você tem o interesse em comprar um imóvel mais barato, saiba que os leilões de bancos podem ser boas alternativas. Mas, o ideal é que você conheça as regras e as formas de comprar através desse formato de anúncio que os bancos fazem. Veja alguns exemplos.
Leilão de imóveis do Santander
Em março do ano passado, o banco Santander fez um leilão com 118 imóveis. Assim sendo, os lances partiam de 70% do preço real do imóvel, que era praticado no mercado atual. Entre eles, tínhamos casas, apartamentos, salas comerciais, terrenos, lotes e até mesmo lojas.
Os valores reais variavam entre R$ 77 mil e R$ 2 milhões. O leilão foi todo feito pela internet, através de uma empresa chamada Sold. Hoje, você pode ver a página do banco nessa plataforma para saber quando houver um novo leilão de imóveis.
Inclusive, há 28 imóveis à venda ainda, todos do banco Santander. Um dos mais baratos é uma casa que fica no condomínio Terra Nova Palhoça, em Santa Catarina. Ele começou a ser leiloado por R$ 213 mil, mas hoje está partindo de R$ 95 mil.
Nesses casos, para participar você só precisa entrar no site e fazer o seu cadastro. Em algumas plataformas são exigidos os envios de vários documentos de comprovação. Ou até mesmo um certificado digital que vai validar a compra.
Leilões de imóveis do Banco do Brasil
Já em agosto, do mesmo ano, o Banco do Brasil também anunciou um leilão de imóveis. Ao todo eram 117 imóveis, que ficavam no estado de São Paulo. Os descontos passavam dos 50% e os lances iniciais eram a partir de R$ 11 mil.
Nesse caso, o site que organizou o leilão é o lancenoleilão. E para participar, a pessoa também precisava fazer um cadastro. Era exigido ser maior de 18 anos e a participação poderia ser presencial ou online. Os documentos exigidos eram: RG, CPF, comprovante de endereço.
Entre os imóveis listados na época havia um apartamento em Guarulhos, na grande São Paulo, de 49 m² e lance inicial de R$ 49 mil. Aliás, o diferencial desse leilão é que as compras poderiam ser financiadas também pela própria instituição.
Leilão de imóveis do banco Itaú
Outro bom exemplo de leilões de imóveis de bancos é o do Itaú. Inclusive, no próximo site da instituição há os canais de comunicação direto para dar os lances. Isso porque cada imóvel está em alguma plataforma, sendo que nem sempre é a mesma.
A maioria deles está em São Paulo. A plataforma também é interessante porque o próprio banco fala sobre como participar de um leilão de imóveis. “Basta comparecer no leilão, presencialmente ou online, e enviar os lances na data de abertura.
Também há a informação sobre os requisitos para participar, sendo: maiores de 18 anos e que queira adquirir um imóvel do Grupo Itaú. Sendo assim, há algumas regras. Por exemplo: haverá a cobrança de 5% sobre o arremate final, que é para a comissão do leiloeiro.
E, no caso do Itaú, não é permitido o uso de cartas de crédito, consórcio e nem mesmo do FGTS (Fundo de Garantia por Tempo de Serviço).
Os cuidados ao comprar em leilões
Se um imóvel foi tomado pelo banco por falta de pagamento do cliente, já é um bom indício para você compra-lo. Isso porque o motivo é meramente financeiro. No entanto, há riscos envolvidos também. Especialmente porque você pode demorar para entrar no imóvel.
Então, não há dica melhor do que falar do edital. Isso porque todos os leilões de imóveis de bancos ou de quaisquer empresas devem ter editais publicados antes dos anúncios e fechamento do negócio.
Nesse documento vão estar várias informações importantes, como o estado do imóvel, o valor mínimo para a venda, o vendedor, as responsabilidades, custos excedentes. Outra boa dica é fazer a pesquisa pelo valor de mercado do imóvel naquela região.
O Creci do Rio de Janeiro também cita alguns cuidados necessários. “A primeira preocupação é constatar se o imóvel está ocupado. Também é recomendável ir até o local e verificar as condições dele”.
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Outro ponto que é citado pelo advogado Kléber Zanchim, que é do Creci, é sobre o planejamento financeiro do comprador do imóvel no leilão. Ele precisa ter uma reserva para custear futuros gastos que podem acontecer.
“Além disso, é preciso ter um montante financeiro para além da compra do imóvel. Ele vai servir para os gastos com eventual representação jurídica”.