O EAD (Ensino à Distância) cresce a cada ano no mundo todo. Para se ter uma ideia, no ensino superior brasileiro ela tem sido cada vez mais aceita, mesmo apresentando alguns desafios, tanto para as instituições de ensino como para os professores e os estudantes.
Agora, o que isso representa, em números para o país? A gente foi atrás de alguns dados relevantes para você entender mais sobre esse formato de ensino que ganhou ainda mais notoriedade após o início da pandemia e as recomendações de isolamento social.
O EAD não é novidade
O mais engraçado de tudo é considerar que aprender algum trabalho ou alguma lição à distância não é novidade para ninguém. Ao menos, é isso o que conta a história da educação no nosso país.
A Associação Brasileira de Ensino a Distância (ABED) garante que desde 1904 existiam anúncios em jornais do Rio de Janeiro (RJ) oferecendo cursos de datilografia por correspondência. Ah, e se você tem mais do que 30 anos, com certeza, já ouviu falar disso, não é mesmo?
Mais tarde, a partir dos anos da década de 30, começaram a surgir as instituições. Uma das primeiras foi o Instituto Universal Brasileiro e o Instituto Monitor. Somente eles foram responsáveis por oferecer cursos a distância de variadas disciplinas – além da datilografia.
Mas, de quais cursos EAD estamos falando? De manicure a técnico em eletrônica, passando ainda pela especialização de mecânico a cozinheiro. E é interessante saber que a informação circulava via Correios, programas de rádio ou de televisão. Mas, geralmente, Correios.
O avanço com a internet
Após essa introdução que vem lá de 1904 e passa pela década de 30, a gente chega até os anos de 1980, que é quando nasce a internet comercial. Esse momento foi marcado pela popularização das novas tecnológicas.
Para estudiosos, foi quando a “educação a distância deslanchou no país”. Isso porque nessa época várias universidades passaram a formalizar suas iniciativas de estudo EAD. Assim, em 1996, nasceu a Secretaria de Educação a Distância (SEED), do Ministério da Educação (MEC).
No mesmo ano, tivemos ainda uma nova legislação. Entre as benfeitorias, ela passou a validar os vários diplomas dos cursos nesta modalidade de ensino. Seja por um valor mais acessível ou pela estrutura, de fato, esses anos foram marcantes para o ensino EAD aqui.
Chegamos, então, aos dias atuais. Em dados mais recentes, temos o Censo de Educação Superior 2018, que é divulgado pelo MEC. Ele diz que o número de vagas ofertadas no ensino superior a distância no Brasil superou as do ensino superior presencial pela 1ª vez na história.
Os dados atuais
Então, vamos analisar isso. No ano de 2018 foram 13,5 milhões de vagas oferecidas para um curso de educação superior no Brasil. Desse todo, saiba que mais de 7 milhões foram para os cursos a distância e 6,4 para os cursos presenciais.
Mas, calma lá. Ainda assim, nesse ano, mesmo com tantas vagas oferecidas na modalidade EAD, o número de alunos matriculados em cursos superiores presenciais é maior do que naqueles a distância: a relação é de 6,4 milhões para 2 milhões.
O que também mudou foram os benefícios. Agora, com tanto investimento no sistema EAD parece que mais vantagens foram lançadas. E isso vale para estudantes, professores e instituições, como vamos mencionar abaixo.
Os benefícios do ensino EAD
A primeira coisa é saber que o perfil do estudante já começou a mudar, ainda mais para quando se fala em graduação ou pós-graduação. Sendo assim, a rotina de trabalho e estudo parece dar uma vantagem para o ensino à distância, seja pela falta de tempo ou recursos.
Também há pesquisas que mostram isso em números: um curso EAD tende a ser 70% mais barato do que um curso presencial, quando se fala em graduação. Outra coisa é que nem toda cidade tem cursos presenciais, então, o ideal é uma forma de expandir horizontes.
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Para se ter uma ideia, o nosso país tem mais de 5,5 mil cidades. Logo, nem todas têm instituições de ensino, ainda mais quando se fala de graduações, como faculdades, universidades, centros universitários.
Por fim, dá para falar também de toda flexibilidade que isso traz. Como o fato de dar para estudar nos lugares, horários e dias que forem melhores para cada indivíduo e estudante.
As curiosidades do EAD
A gente trouxe aqui no final do artigo algumas curiosidades sobre esse sistema de ensino. Confira cada uma delas e surpreenda-se.
Mulheres - Pesquisas da Associação Brasileira de Educação a Distância mostram que as mulheres representam mais de 55% dos estudantes de graduação EAD.
Cursos – Houve um aumento de 51% no número de cursos de EAD registrados no MEC. Haviam 2108 em 2017 e passou a ter 3.177 em 2018, com base em dados do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais (Inep).
Vagas – O número de vagas oferecidas também cresceu muito. Sendo assim, são 7,1 milhões ofertadas para cursos na modalidade de Ensino a Distância (EAD) e 6,4 milhões para cursos presenciais nas instituições de ensino superior do país em 2018.
Conclusão – Por último, saiba que a taxa de conclusão de cursos superiores em EAD no ano de 2018 foi de 35%, segundo o Censo de Educação Superior.