Dia desses voltando de uma “balada” estava passando próximo ao porto, em um estado mas pra lá do que pra cá, até que um amigo vem com aquela pergunta, como é que os navios não afundam?
Sei lá o que pensei na hora, achei muito louca e inusitada a pergunta, mas o fato de não saber me deixou muito intrigado, por isso decidi pesquisar e postar hoje aqui no Minilua.
Sem mais delongas, mas afinal de contas por quê é que o navio não afunda? O navio não afunda pois existe uma força chamada empuxo, a qual faz com que a embarcação flutue.
Mas que força é essa?
Ao mergulhar um objeto na água, a gente nota que ele sofre a ação de uma força no sentido vertical que o empurra para cima, ou que pareça que o peso do objeto diminui.
Então, se a pressão na parte superior do navio fosse igual a da parte inferior, essas forças se igualariam, a pressão seria nula e o empuxo não teria seu efeito sobre esta embarcação. Pelo princípio de Arquimedes, sabemos que:
Empuxo = peso do liquido deslocado
É isso o que acontece com as embarcações. O peso do barco desloca um certo volume de água e provoca uma reação em sentido contrário.
Ou seja: quando um navio está em equilíbrio sobre as águas é porque a força dessa pressão (empuxo) é igual ao seu peso. Isso significa que o peso do navio está sendo equilibrado pela força de pressão que ele recebe da água.
O casco do navio também é projetado de modo a facilitar seu equilíbrio. Um navio vazio flutua com uma grande parte do casco fora da água. A medida que vai sendo carregado ele imerge mais e mais.
O peso que o navio transporta também deve ser cuidadosamente organizado para que o navio possa navegar com estabilidade. Então para obter-se maior estabilidade possível, a distribuição de cargas no interior do navio é feita de tal modo que o centro de gravidade se situa o mais próximo possível do fundo do navio.
Além do empuxo, existe a questão da densidade da água. Quando mais densa a água, maior a flutuabilidade. A água salgada é mais densa que a água doce. Isto deve-se ao fato de que na água salgada contém sais dissolvidos. Portanto, a flutuabilidade é maior na água salgada.
A densidade da água doce é 1 x 1 x 103 kg/m3 e a densidade da água do mar é em média 1,03 x 103 kg/m3. Deste modo, uma embarcação utiliza 3% a mais de água em seu lastro (espaço lateral em navios em forma de tanques com divisórias para reserva de água para fornecer equilíbrio e estabilidade ao navio).Portanto essa água de lastro varia entre tipos de embarcações, sistemas portuários e com condições de carga e de mar.
A água de lastro é utilizada em navios de carga como contra-peso para que as embarcações mantenham a estabilidade e a integridade estrutural.
Navegação segura
Para navegar com segurança são necessários alguns cuidados. Um deles diz respeito ao calado.
Calado é a designação dada à profundidade a que se encontra o ponto mais baixo da quilha de uma embarcação. O calado mede-se verticalmente a partir de um ponto na superfície externa da quilha.
O conhecimento do calado do navio em cada condição de carga e de densidade da água (em função da salinidade e temperatura) é fundamental para determinar a sua navegabilidade sobre zonas pouco profundas, em especial nos portos e em canais.
O calado, acrescido de um valor de segurança (o pé de piloto), determina os portos onde o navio pode entrar e as barras e canais que pode atravessar em cada condição de maré.
Em alguns casos é obrigatório inscrever no costado das embarcações um conjunto de marcas e de informações sobre calado por forma a que as autoridades portuárias possam controlar a segurança da operação dos navios e o estado de carga (a marca de carga - por vezes designada linha Plimsoll - determina a linha de água segura para cada carga e densidade esperada da água).
Se você tiver idéias de temas que possam ser abordados, deixe a sua sugestão!