As cidades inteligentes ou smart city são termos que têm sido muito falados nos últimos anos. Porém, o que isso significa de verdade? Como identificar uma cidade como essa? Elas já existem? Nesse conteúdo, você vai descobrir o que são as cidades inteligentes na prática.
Na melhor tradução que encontramos na internet, a gente pode ver que uma cidade inteligente é construída por pessoas que pensam em recursos naturais para a produção de energia, de materiais, de serviços.
E não é isso apenas: um dos pontos mais importantes é que toda a comunidade valoriza a infraestrutura, sempre considerando o coletivo e o desenvolvimento social das pessoas que formam tal conjunto. Parece difícil entender isso, mas não é.
As 5 áreas para entender os conceitos
Para facilitar a sua compreensão, o que fizemos foi trazer alguns conceitos das cidades inteligentes na prática. E, para isso, separamos 5 áreas que são vistas como importantes dentro dessa definição do que é uma smart city.
Aliás, para deixar o conteúdo mais conciso e mais objetivo, nos baseamos em ideias que foram divulgadas pelo diretor-presidente do Instituto das Cidades Inteligentes, Fabricio Zanini.
1 - Mobilidade
A mobilidade urbana envolve, especialmente, o transporte dentro das cidades. O que a gente sabe é que isso tem a ver com muita poluição. Ainda mais porque boa parte dos automóveis se movimentam com gasolina, que vem do petróleo e é um recurso que não se renova facilmente.
Então, muito tem se pensado sobre as tecnologias nos transportes. A ideia é simples: facilitar a vida dos cidadãos ao mesmo tempo em que torna possível a acessibilidade. Como fazer isso? Um dos exemplos atuais é sobre a conectividade e sensoriamento.
Assim, o gestor local consegue monitorar e controlar o tráfego, além de poder avaliar os deslocamentos dos veículos e das pessoas em tempo real. O que resulta no descobrimento de tendências e em um melhor planejamento para a mobilidade urbana.
2 - População
Outra forma de entender as cidades inteligentes na prática é pensando na população diretamente. E isso envolve, diretamente a área da saúde, né. Além de áreas sociais, culturais, econômicas.
Nesses casos, o objetivo é simples, também: pensar na qualidade para os habitantes. Logo, o que se espera é uma governança muito mais participativa, ao passo que o gestor municipal e o cidadão caminhem juntos e pensem juntos. Para que, por fim, se unam em prol de uma cidade melhor.
3 - Governança
Se antes falamos dos serviços destinados à população, agora é hora de falar do lado do gestor, também. Em resumo, saiba que uma boa comunicação e transparência são os principais pontos tratados nesses estudos sobre cidades inteligentes.
Nesse lugar, considere ser imprescindível que os gestores estabeleçam uma relação direta com a população a fim de que as demandas e expectativas dos cidadãos sejam de conhecimento do gestor público e as ações da administração sejam mais efetivas.
4 - Sustentabilidade
Outra categoria que não fica de fora é sobre a sustentabilidade, que acaba estando em todas as áreas que possam existir – da saúde ao transporte. Na teoria, isso quer dizer algo como criar medidas para aproveitar melhor e de forma mais natural os recursos que temos.
Isso faz parte de todo o processo de transformação da cidade. Ao passo que o papel mais importante é a conscientização das pessoas. E esse talvez seja o papel mais importante que as pessoas possam executar.
Logo, podemos citar exemplos como o da separação do lixo reciclável, não fazer ligação de esgotos e nem de energia clandestinos e não fazer o descarte indevido de objetos domésticos.
5 - Qualidade de vida
Por fim, a última categoria para entender os conceitos cidades inteligentes na prática é a qualidade de vide de toda a comunidade. A se começar pelo fato de que as pessoas estão envelhecendo mais.
Então, devemos pensar em soluções mais humanas e sustentáveis, que vão permitir que haja uma convivência mais amorosa e mais saudável entre as pessoas e os recursos e todas as novas tecnologias que vão surgindo.
Afinal de contas, como diz o especialista, “nem sempre precisamos de algo revolucionário para mudar a vida das pessoas. As tecnologias já existem e simples são capazes de transformar todo o cenário”.
O exemplo de Nova Iorque
No ano de 2017, a cidade americana de Nova Iorque foi eleita uma das cidades mais inteligentes do mundo, com base em uma pesquisa da Center for Globalization and Strategy. Curiosamente, na lista também apareciam: Amsterdan, Tóquio, San Francisco, Viena, Copenhagen e até mesmo Curitiba, aqui no país.
Mas, por que vamos citar aqui Nova Iorque para entender as cidades inteligentes na prática? Porque ela lançou alguns projetos que valem a pena ser citados. Por exemplo, uma plataforma com 10 mil telefones públicos antigos em mais de 8 mil hotspots com Wi-Fi para as pessoas.
A ideia foi tão legal que tinha até um teclado em Braille para os deficientes visuais. Ele funcionava com o sistema Android, do Google e tinha informações como mapas interativos, os principais monumentos da cidade, os serviços de emergência, etc.
O exemplo de Curitiba
E em se tratando de Curitiba, em 2019 a cidade apareceu novamente nas listas de cidades mais inteligentes. Os motivos levavam em conta o Vale do Pinhão, a Prefeitura e o ecossistema. Assim, ficou atrás, nesse ano, da Estocolmo, na Suécia, que tem ótimas ideias na área da inclusão social, da conectividade e da sustentabilidade.